“A única resposta adequada”. Estudantes barricam-se na secundária António Arroio exigindo o fim aos fósseis.

Esta manhã, estudantes da escola secundária António Arroio colaram-se às portas de entrada e bloquearam a escola com uma ocupação com centenas de participantes, exigindo o fim aos combustíveis fósseis até 2030 e a demissão do ministro da economia e do mar, António Costa e Silva.
O escalamento da ocupação de segunda-feira surgiu como “a única resposta adequada ao facto da maior mobilização que o movimento pela justiça climática já fez, não ter tido resposta governamental” segundo William Hawkey, porta-voz desse núcleo.

“Sabemos da gravidade existencial da crise climática há décadas, ninguém fez nem vai fazer nada se ação séria não for a única opção que deixamos viável” adiciona ainda o porta-voz, acompanhado de uma faixa onde se lê “direto à educação ou direto à vida?”.

Apesar do diretor se dizer solidário na comunicação social, alunos foram trancados no telhado do estabelecimento de ensino pela direção, que terá também cortado o acesso a água aos estudantes no edifício, e retirado um telemóvel.

As ocupações do movimento “Fim ao Fóssil” continuam em outras cinco instituições de ensino com centenas de estudantes, e conflito crescente devido à falta de resposta às suas reivindicações. Mobilizam-se agora para apoiar a multidão à porta do escola secundária bloqueada.

Paralelamente, estudantes do Instituto Superior Técnico estão a ser ameaçados pela direção de serem removidos pela polícia desde ontem à noite.

O comunicado enviado pela organização aponta ainda para uma manifestação aberta a toda a sociedade civil, que ocorrerá este sábado dia 12 às 14h no Campo pequeno.