Sem eufemismos: não aos combustíveis fósseis, sem o discurso de emissões líquidas e sem soluções falsas
- Lutar por 1,5ºC
- Precisamos de zero emissões, não de zero emissões “líquidas”
- Deixar os combustíveis fósseis debaixo do solo: nenhum novo investimento ou infraestrutura de combustíveis fósseis
- Rejeitar soluções falsas: não aos mercados de carbono e tecnologias arriscadas e não comprovadas
Vamos reestruturar o sistema: Queremos uma Transição de Justiça agora!
- Vamos começar a Transição de Justiça
Justiça climática global: reparações e redistribuição às comunidades indígenas e ao Sul Global
- Distribuição justa, e esforço adequado pelos países ricos
- Cancelar as dívidas do Sul Global a todos os credores
- Financiamento climático baseado em subsídios para o Sul Global
- Reparações por perdas e danos já ocorridos no Sul Global
SEM EUFOMISMOS: NÃO AOS COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS, SEM O DISCURSO DE EMISSÕES LÍQUIDAS E SEM SOLUÇÕES FALSAS
Precisamos de ação urgente para parar o caos climático. O aumento de temperatura global média tem de ser limitado aos 1.5ºC – tudo mais que isso implicaria alterações climáticas não só desastrosas mas também catastróficas. Mesmo quando os governos dizem que é esse o seu objetivo, os planos atuais não nos levam nem perto desta meta.
E isto não é só sobre um número, é também sobre como lá chegamos. As múltiplas crises que enfrentamos não vão ser resolvidas por mais exploração das pessoas e do planeta. As atuais metas dos governos e das corporações sobre “zero emissões líquidas” não significam zero emissões reais. Em vez disso, querem continuar a poluir enquanto escondem atrás das esquemas de “compensações de carbono”. Nós precisamos de compromissos e ação para atingir o verdadeiro zero. Isto também significa nenhuma nova infraestrutura de combustíveis fósseis e nenhum novo investimento nos combustíveis fósseis, dentro do país e fora, dizendo não aos mercados de carbono e não às tecnologias arriscadas e não comprovadas que permitem os países e as corporações a continuarem a poluir.
REESTRUTURAR O SISTEMA: QUEREMOS UMA TRANSIÇÃO DE JUSTIÇA AGORA!
Precisamos de uma Transição de Justiça liderada pelxs trabalhadorxs: reestruturar o nosso sistema de forma a enfrentar a injustiça, a pobreza e a desigualdade. Isto significa afastar-se da indústria dos combustíveis fósseis e investir em energias renováveis para criar empregos e serviços verdes decentes e sindicalizados. A reconfiguração do sistema deve centrar-se e valorizar o trabalho de cuidados que atualmente é predominantemente realizado por mulheres, migrantes e pessoas racializadas. trabalho que muitas vezes não é remunerado ou é mal remunerado – desde os cuidados de saúde até ao trabalho doméstico. Mas estas novas infraestruturas e serviços não podem ser construídas apenas no Norte Global com a extração de recursos e violações dos direitos humanos no Sul Global. A justiça local e global deve estar no centro desta transição, através de sistemas energéticos descentralizados de propriedade das pessoas, da expansão dos serviços de cuidados, da alimentação de origem local, e de habitação e transportes públicos verdes e acessíveis.
JUSTIÇA CLIMÁTICA GLOBAL: REPARAÇÕES E REDISTRIBUIÇÃO ÀS COMUNIDADES INDÍGENAS E AO SUL GLOBAL
A ação climática deve basear-se em quem tem beneficiado historicamente e quem tem sofrido. Os Povos Indígenas têm estado na vanguarda das causas profundas das alterações climáticas desde há séculos. Os Povos Indígenas, as comunidades da linha de frente e o Sul Global não podem continuar a pagar o preço da crise climática enquanto o Norte Global beneficiar; de facto, as perdas e danos devem ser compensados. A redução das emissões de carbono de cada país deve ser proporcional à sua responsabilidade histórica: com base no quanto contribuíram para a crise climática com as suas emissões passadas. Temos de cancelar as dívidas do Sul Global por todos os credores e os países ricos têm de fornecer financiamento climático adequado baseado em subsídios para que aqueles que se encontram na linha da frente da crise climática possam sobreviver. Temos de enfrentar a perda de vidas, meios de subsistência e ecossistemas que já ocorrem em todo o mundo através de um compromisso coletivo de providenciar reparação por perdas e danos no Sul Global.