Wrap up: Nós Fazemos o Futuro!

Ontem (1 de Junho de 2024), em vésperas de eleições europeias, duas dezenas de organizações e uma centena de pessoas marcharam pelas ruas de Lisboa numa manifestação internacional para dizer que #NósFazemosOFuturo!

Nas Eleições Europeias da próxima semana, vão ser eleitos deputados para ir ao Parlamento Europeu por um período de cinco anos. Tendo em conta os prazos de ação ditados pela ciência climática, durante estes mesmos cinco anos, a maioria dos cortes nas emissões terão de acontecer e portanto quase todas as políticas públicas pela Justiça Climática precisam de ser alcançadas, tais como uma Transição justa; o Cancelamento da dívida do Sul Global; o Fim aos subsídios fósseis; os Ultra-ricos e as empresas poluidoras pagarem a transição; Energia renovável como bem público e acessível; e o Fim à publicidade das empresas de combustíveis fósseis.

Juntámo-nos para marchar por tudo isto, porque sabemos que tal só é possível com um movimento popular forte e abrangente que reivindica um planeta justo e habitável.

Ao longo da manifestação, para além de palavras de ordem por justiça climática, justiça social e uma palestina livre, ouvimos discursos de algumas das organizações subscritoras, como o Scientist Rebellion, campanha Empregos para o Clima, Climáximo, Greve Climática Estudantil Lisboa e movimento Fim ao Genocídio fim ao Fóssil, o DIEM25, a Quercus, a Sciaena e o Extinction Rebellion. As organizações falaram quer sobre as reivindicações mencionadas, quer sobre muitas outras medidas que as diferentes organizações consideram que precisam de acontecer nos próximos 5 anos, como decrescimento económico, conservação e proteção da natureza, regulamentação de substâncias perigosas e assembleias de cidadãos.

No início da manifestação, uma estudante do movimento “fim ao genocídio, fim ao fóssil” leu ainda um texto enviado pela Plataforma Unitária de Solidariedade com a Palestina (PUSP) porque não há justiça climática numa terra ocupada e não há justiça climática sem pormos fim ao colonialismo e imperialismo.

No final da manifestação, no Martim Moniz, fizemos vários grupos de trabalho com os próximos passos do movimento por justiça climática:

👉 Junta-te à campanha “Todos a Bordo” dos Empregos Para o Clima para exigir mais transportes públicos acessíveis para toda a gente e movidos a energia renovável;

👉 Junta-te à marcha combativa pelo Fim ao Genocídio e Fim ao Fóssil no próximo 8 de Junho às 15h no Príncipe Real até ao Gabinete de Representação do Parlamento Europeu em Portugal convocada pela Greve Climática Estudantil Lisboa;

👉 Queres vir travar novos projectos emissores? Fala com o Climáximo para te juntares às idas coletivas às ações internacionais do movimento por justiça climática este Verão, na França e no Reino Unido.

A nível europeu, houve centenas de manifestações em dezenas de países, como a Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Itália, Países Baixos, Polónia e Suécia, unidos pela convocatória #WeMakeTheFuture.

Sabemos que a luta por justiça climática tem de ser uma luta internacional. Somos nós, o povo, que fazemos o futuro. Ou continuamos no rumo para o inferno climático (que vai mudar tudo nas nossas sociedades), ou lideramos uma mudança por Justiça Climática (que também vai mudar tudo nas nossas sociedades).

#NósFazemosOFuturo

#WeMakeTheFuture